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Avaliação: JAC T40 atrai pelo visual, conforto e preço

Não parece, mas o projeto do JAC T40 é brasileiro. Pelo menos parte dele é nacional. Desenvolvido a pedido da SHC em parceria com a JAC Motors na China, que usou seu centro de design na Itália, o JAC T40 ganhou corpo e agora finalmente dá as caras em sua terra quase natal.

Ele surgiu originalmente como uma variante do sucessor do J3 que, sabiamente, acabou não existindo, visto que o mercado mundial deu uma guinada enorme a favor dos SUVs e crossovers. Assim, apenas o lado aventureiro do projeto liderado pela SHC acabou virando o S2 na China e T40 aqui no Brasil.

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O crossover da marca chinesa é uma das várias apostas da empresa no Brasil, que agora focará somente em utilitários esportivos e comerciais leves. Com o JAC T40, ela começa uma virada de mesa em grande estilo. O modelo chega logo de cara atraindo pelo visual, mas também vem com conforto e preço competitivo: R$ 56.990.

Mas não é só isso, o JAC T40 também traz câmera para fotos e gravação de vídeo on board, bem como espaço e porta-malas bons para um carro tão pequeno. Tudo isso movido pelo já conhecido motor 1.5 JetFlex com até 127 cv e, por enquanto, câmbio manual de cinco marchas. E o que mais ele tem a oferecer?

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Por fora….

Ao passar pela rua, o JAC T40 chama atenção pelo visual. A quantidade de cromados na grade em comunhão com frisos de tonalidade cinza, dão um aspecto bom para o crossover da JAC Motors, embora alguns achem que os cromados são um pouco exagerados. O para-choque também não passa despercebido com seus LEDs diurnos, assim como pelo vistoso conjunto de faróis de neblina. O acabamento dos faróis duplos também é bom.

Outro ponto que diferencia o JAC T40 é o logotipo JAC, que agora tem um aspecto bem melhor e mais exclusivo da marca do que a antiga estrela de cinco pontas. Com mais identidade, a marca imprimiu um friso metálico na base das janelas, um pedido de Sérgio Habib. Os retrovisores têm repetidores de direção, mas sem basculamento elétrico.

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As maçanetas são cromadas e há barras longitudinais no teto. Este não tem teto solar elétrico, mas pode ser revestido com película preta da 3M por R$ 1.990. Isso confere ao crossover um visual em dois tons, moda no segmento dos SUVs. As rodas de liga leve aro 16 polegadas com pneus 205/55 R16 têm aspecto bom e desenho esportivo, reforçado pelas pinças de freio vermelhas.

Na traseira, as lanternas são grandes e lembram um pouco as do T5, sendo igualmente cortadas pela tampa do porta-malas. O para-choque é volumoso e vem com refletores e luzes de ré integrados, além de friso cromado.

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Por dentro….

Bem resolvido por fora, o JAC T40 tem um ambiente interno com cuidado maior que no T5. O conjunto do painel é bem vertical e chama atenção pelo material em soft touch, que reveste a parte onde ficam os difusores de ar. No alto, o airbag do passageiro tem tampa destacada. Sobre a instrumentação, uma cobertura com elemento vazado.

O volante em couro com costuras vermelhas tem um desenho mais moderno e vem com piloto automático embutido. Pena não ter ajuste em profundidade. A multimídia é envolvida por moldura em preto brilhante e vem com tela de 8 polegadas, que agrega também câmera de ré. Como já comentado nas primeiras impressões, esta poderia vir com Android Auto e/ou Car Play. A JAC decidiu não colocar um GPS nativo. Vai uma sugestão: integração com a câmera de bordo seria muito interessante.

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Falando nesta ela fica presa junto ao para-brisa e conta com cartão SD, podendo o usuário adicionar cartões de diversos tamanhos. Quanto maior, mais imagens serão armazenadas. Detalhe: O vídeo tem bom ângulo de cobertura frontal e com áudio, especialmente dos ocupantes do veículo.

Ele pode ser acessado pelo computador ou pelo smartphone através de um app específico, mas requer a senha da câmera e sua conexão por WiFi. Assim, pode-se armazenar ou compartilhar vídeos e fotos. Em caso de desaceleração brusca ou impacto, a câmera grava os últimos instantes, sendo uma vantagem em termos de seguro.

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Mas o JAC T40 tem mais a oferecer. Voltando ao ambiente, ele vem com bancos bem envolventes e com revestimento em tecido personalizado. As portas também apresentam um bom aspecto com puxadores estilizados em cor cinza e aplique superior imitando fibra de carbono. O ar-condicionado tem comandos simples e a base da alavanca vem com moldura em cinza.

A instrumentação é simples e tem display multifunção, mas este possui um defeito muito ruim, a iluminação é fraca demais. Não chega a superar a J6, mas mesmo em dias não muito claros, fica difícil ver as informações. Falta também um indicador de autonomia, embora tenha um aviso para troca de marcha.

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O espaço interno é bom, tendo o motorista ainda um apoio de braço retrátil. Atrás, as pernas também vão bem, assim como o corpo no assento com o mesmo revestimento e densidade de espuma. Há três apoios de cabeça e cintos de 3 pontos para todos. Mas, não é bipartido, o que é uma pena, embora o carro tenha bons 450 litros no bagageiro, maior que a média entre os SUVs compactos.

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Por ruas e estradas….

O JAC T40 chega com proposta única de motor, sendo este o 1.5 VVT JetFlex já utilizado em outros modelos da marca no Brasil. Ele também é fruto da cooperação entre SHC e o fabricante chinês. Não como um todo, mas sua configuração, que é mais potente do que em seu mercado de origem.

São 125 cv na gasolina e 127 cv no etanol, tendo ainda 15,5/15,7 kgfm com os dois combustíveis, respectivamente. Os números não são ruins nesse projeto da austríaca AVL, mas é nítida a falta de força em baixa, uma característica ainda presente em alguns motores aspirados com dezesseis válvulas. Acima de 2.000 rpm, ele trabalha solto no JAC T40, garantindo boas respostas em saídas e retomadas.

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Em ultrapassagens, também não é preciso falar cálculos mentais para tomar a decisão com base em eventual falta de força do propulsor. Ele vai bem inclusive em subidas íngremes ou longos aclives. Mas há um porém. Abaixo de 2.000 rpm, as coisas não ficam boas. O carro imediatamente perde força e pede marcha mais baixa, a fim de manter o giro acima disso.

No trânsito urbano é muito ruim essa característica, que obriga o condutor a ter sempre o motor cheio para evitar contragolpes provocados abaixo de 2.000 rpm, quando se pisa no acelerador. Outra saída é usar mais a embreagem para compensar esse efeito desagradável, aliviando as acelerações. Um câmbio de seis marchas, aquele do T5 manual, faria um bem maior ao JAC T40, garantindo marchas mais curtas, embora é sabido que a marca usa e abusa de relações longas. Boas para estradas e ruins para a cidade.

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Na rodovia, no entanto, o JAC T40 se comporta melhor, visto que mantém sempre uma rotação mais elevada. Rodando a 110 km/h, o ponteiro marca 2.800 rpm, o que é bom, não esgoelando o motor e assim mantendo o nível de ruído no habitáculo, que no crossover fica acima do esperado, infelizmente.

Pesando 1.155 kg, o crossover é ágil quando exigido e, de acordo com a JAC, faz de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos. O câmbio longo, pelo menos, ajuda na economia do JAC T40. Em trânsito urbano, rodando com os dois combustíveis, ele fez 8,3/10,1 km/litro, enquanto na estrada obteve 11,7/14,2 km/litro, respectivamente com gasolina e etanol.

No dia a dia, o JAC T40 vai bem. Desde que se adapte ao comportamento do motor abaixo de 2.000 rpm, o crossover agrada bastante. A direção é elétrica e bem leve em manobras, sendo adequada durante a condução.

O piloto automático ajuda muito no resultado de manter uma velocidade fixa e dar mais conforto, mas o comando no volante é sensível demais e acaba desligando o dispositivo quando se ajusta o limite para cima.

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Os freios possuem atuação mediana, mas não preocupam em frenagens fortes. O crossover vem ainda com controle de estabilidade e tração, o que ajuda em curvas muito fechadas e mudanças rápidas de trajetória.

O JAC T40 tem suspensão com foco no conforto. Ela é macia e absorve bem muitas irregularidades no solo. No entanto, o curso é pequeno em comparação com o que já vimos no J3, por exemplo. Assim, fica mais fácil chegar ao fim do curso, o que não é legal.

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Mas, ainda assim, no geral o modelo cumpre seu papel para uso urbano e rodoviário. Em estradas de chão batido ela também vai bem. Ou seja, não dá para esperar dele o mesmo comportamento quase imbatível do J3 em ruas esburacadas demais, embora tenha mais estabilidade e controle que o antigo hatch compacto, que acaba de sair de cena no Brasil.

A dirigibilidade do JAC T40 é boa de todo modo. Agradou. Mesmo carregado, o crossover se mostrou bem adequado à proposta e adaptado às condições gerais de nossas ruas e estradas. Com posição de dirigir correta, bancos bem anatômicos e visibilidade suficiente, ele garante conforto enquanto roda. Agora, é esperar pela versão CVT, que chega em 2018.

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Por você….

Pelo preço sugerido de R$ 56.990, o JAC T40 não vale a pena. Explicamos. Com a diferença de R$ 2.000, o cliente leva a multimídia, a câmera de ré e ainda a câmera montada no para-brisa, que não só proporciona entretenimento com compartilhamento de imagens e vídeos, mas também ajuda no custo do seguro. Contra imagens não há argumentos, como se diz por aí. E isso é verdade na apuração de um acidente.

Além disso, o JAC T40 tem ainda um pacote bem completo de equipamentos, incluindo faróis de neblina, sensor de estacionamento, trio elétrico, rodas de liga leve aro 16, LEDs diurnos, sensor crepuscular, alerta de pressão dos pneus, Isofix, ajuste elétricos dos faróis, retrovisor eletrocrômico, assistente de partida em rampa e airbag duplo, fora os itens já mencionados na matéria.

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Se comparado com a concorrência, o conteúdo é bem mais generoso. Mas a ele podemos somar os bancos bem envolventes, assim como o espaço geral e porta-malas. O visual também é impactante de forma positiva. Ele falha em conectividade, que poderia ser melhor, embora tenha a câmera frontal com opção de compartilhamento.

Precisa também de alguns ajustes, especialmente para melhorar o comportamento abaixo de 2.000 rpm e reduzir mais o nível de ruído no habitáculo. Fora isso, o JAC T40 se mostra um carro atraente em aspecto geral e com um bom custo-benefício, tendo ainda custo de revisões de R$ 3.345 até 60.000 km. Dessa forma, ele se converte em uma opção muito interessante no segmento de aventureiros, valendo a pena apostar nele.

Medidas e números….

Ficha Técnica do JAC T40 1.5 MT 2018

Motor/Transmissão

Número de cilindros – 4 em linha, flex

Cilindrada – 1499 cm³

Potência – 125/127 cv a 6.000 rpm (gasolina/etanol)

Torque – 15,5/15,7 kgfm a 4.000 rpm (gasolina/etanol)

Transmissão – Manual de cinco marchas

Desempenho

Aceleração de 0 a 100 km/h – 191 km/h (etanol)

Velocidade máxima – 9,8 segundos (etanol)

Rotação a 110 km/h – 2.800 rpm

Consumo urbano – 8,3/10,1 km/litro (etanol/gasolina)

Consumo rodoviário – 11,7/14,2 km/litro (etanol/gasolina)

Suspensão/Direção

Dianteira – McPherson/Traseira – Eixo de torção

Elétrica

Freios

Discos dianteiros e traseiros com ABS e EDB

Rodas/Pneus

Liga leve aro 16 com pneus 205/55 R16

Dimensões/Pesos/Capacidades

Comprimento – 4.135 mm

Largura – 1.750 mm (sem retrovisores)

Altura – 1.568 mm

Entre eixos – 2.490 mm

Peso em ordem de marcha – 1.155 kg

Tanque – 42 litros

Porta-malas – 450 litros

Preço: R$ 56.990 (básico) – R$ 58.990 (versão avaliada)

JAC T50 – Galeria de fotos

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